Lino Corrêa é sergipano de Lagarto e ainda jovem veio para o Rio de Janeiro. Trocou a promissora carreira de periodontista pelo amor às artes cênicas. Na cidade maravilhosa, reafirmou sua dedicação ao novo desafio e logo estreava nos palcos cariocas. Dai em diante, foram peças teatrais, personagens no cinema e intérpretes na magia da TV em novelas, minisséries e programas de humor.

Na literatura, após o sucesso de seu primeiro livro, Lino chega à nossa editora com Dez homens de vanguarda, um primoroso trabalho em que homenageia dez importantes homens brasileiros que fizeram história em nosso país, como Ney Matogrosso, Jerry Adriani, Kadu Moliterno e tantos outros astros. Conversamos com o autor, que nos revela detalhes de seu trabalho e de sua vida. Confira!

20200409_172739

Dez homens de vanguarda, o novo livro do ator e jornalista Lino Corrêa

Lino, você tem uma carreira extensa como ator no Teatro, cinema e TV. Há uns 2 anos, estreou na literatura com o livro “Dez mulheres, meu olhar sobre elas”. Como nasceu o Lino escritor?

O Lino Corrêa escritor nasceu na minha adolescência quando escrevi relatos sobre minhas emoções daquele ciclo. Terminei não prosseguindo porque como tenho na família o consagrado jornalista e escritor Joel Silveira que concorreu a vaga de Jorge Amado na Academia Brasileira de Letras, fiquei durante muito tempo resistente a escrever por insegurança com a comparação. Resolvi romper essa insegurança e lancei o meu livro Dez Vidas, Meu Olhar Sobre Elas em dezembro de 2005, e fiquei surpreso e feliz com a receptividade dos leitores e imprensa… E com o livro Dez Homens de Vanguarda lançado pela Cultura em Letras, mesmo sem ter a noite de lançamento ainda e a divulgação na imprensa, tem tido uma resposta muito boa nas vendas e nos comentários espontâneos dos leitores.

Em “Dez mulheres”, você registra personalidades femininas que foram marcantes no Brasil. Por que resolveu homenageá-las?

As dez mulheres marcantes no Brasil do meu livro Dez Vidas, Meu Olhar Sobre Elas foram e são grandes parceiras na minha vida pessoal, teriam muito mais que dez mulheres, mas optei em selecionar as mais presentes na vida do Lino Corrêa e creio que a intensidade das lições aprendidas resultou no sucesso desse livro, que me proporcionou fazer palestras em vários lugares e o reconhecimento em receber dois prêmios.

Ainda sobre o primeiro livro, você homenageia sua mãe em um dos capítulos. Mães estão acima de todos?

Creio que Mãe sempre será nossa maior heroína…rs, mas a inclusão da minha mãe Orlette Corrêa transcendeu todos os méritos maternais e se ancorou na mulher que recebeu o título de “A mulher do século da cidade de Lagarto” (Sergipe), por tantas ações filantrópicas, por ser uma referência de elegância e ter tido um destaque como mulher pública.
Lino Corrêa - 061119 Paulo Silva

Você estréia na Cultura em Letras com “Dez homens de vanguarda”, homenageando dez importantes homens brasileiros. Segue a mesma proposta do livro anterior?

A ideia do meu livro Dez Homens de Vanguarda, que marca minha estreia na Cultura em Letras, nasceu de uma pergunta que um jornalista me fez sobre o livro anterior me questionando “por que dez mulheres?”, se por acaso eu não teria referências masculinas e então achei que as minhas referências de aprendizados seriam complementados com o livro sobre esses dez homens marcantes no Brasil e na minha vida, e segue  a mesma proposta do anterior na versão masculina.

Seu pai é citado em seu novo livro. A família é a estrutura da vida?

A inclusão da história do meu pai José Corrêa Sobrinho também transcende o fundamental vínculo familiar, ele foi um visionário como homem publico em Lagarto, Sergipe, foi um fundador da primeira emissora de Rádio da Cidade, foi presidente da Câmara dos Vereadores algumas vezes, presidente do Rotary Clube, um comerciante pioneiro e hoje ele é nome do Mercado Municipal da Cidade, era inevitável a sua inclusão.
20200401_141321

Você conta em “Dez homens” sua luta pela vida através de um forte tratamento de saúde. Por que resolveu citar este momento tão sensível?

Creio que desnudar os meus medos humanos e a minha forma de acreditar e ter fé no nosso Deus diante de uma batalha clínica árdua pela vida, sem usar um tom sensacionalista, poderia ser uma referência pra ajudar outros irmãos que estão enfrentando algum tipo de câncer.

Vivemos um avesso mundial. A pandemia do Covid 19 fechou o mundo em um portal. Como vê essa situação? O que acredita acontecer no futuro das Nações?

Estamos vivendo uma oportunidade de grande reflexão e possibilidade de transformação interior através do inevitável isolamento, tenho mentalizado através da minha conexão com Deus para que as Nações possam se harmonizar, que a paz seja permanente e que especialmente no nosso Brasil os governantes possam promover uma fundamental distribuição de renda, que irão promover um acesso digno na saúde, educação e direitos básicos para a população carente e excluída. Entretanto a humanidade já enfrentou no passado outras doenças que levou a um isolamento semelhante e infelizmente a ganância do poder inescrupuloso de muitos governantes e também dos seres humanos egoístas, preconceituosos parece não ter mudado, esse histórico me deixa inseguro em apostar numa transformação da humanidade tão benéfica para todos nós.

A literatura sobrevive ou ainda é intocável?

A literatura sobreviveu e creio que continuará sobrevivendo e promovendo benefícios fundamentais, para nortear os leitores a encontrarem melhor suas metas e suavizar a realidade. 

Pretende lançar novos livros?

Já estou alinhando as minhas inspirações para o próximo livro.

Qual a mensagem de “Dez homens de vanguarda”?

Creio que a mais relevante mensagem que Dez Homens de Vanguarda traz pros leitores é a verdade das lições, fatos nunca revelados e histórias desse homens que estão seduzindo os leitores, que estão me emocionando com depoimentos muito calorosos.

Qual recado daria aos novos escritores?

Creio que os novos escritores devem acreditar nas suas ideias e ter a perseverança, pois quando a voz da arte de escrever fala pra nossa alma é porque uma nova missão quer brotar dentro de nós. 

Assessoria de imprensa

Cultura em Letras Edições